
A VELHICE COMO ZONA DE NÃO-SER: BEAUVOIR SOB A LENTE DECOLONIAL
Estudos Multidisciplinares
Greziene dos Santos Silva
Charlles Vieira Fonseca de Almeida
Nelia da Fonseca Pinto Ferreira
Fabiana Pereira Costa Ramos
Claudino Bartolazi Boechat
Flávio Martins da Silva
Samantha Maia Koch Torres
Thiago Peixoto Ribeiro
Felipe Rodrigues da Silva
DOI: 10.46898/home.
04dc0f07-a1f8-4787-907e-483e755240f3
Resumo
Este ensaio propõe uma reflexão crítica sobre o envelhecimento no século XXI, articulando a perspectiva existencialista de Simone de Beauvoir — centrada na velhice como alteridade e exclusão — com as lentes decoloniais de autores como Maria Lugones, Boaventura de Sousa Santos e Nelson Maldonado-Torres. Enquanto Beauvoir analisa a marginalização do idoso nas sociedades ocidentais, os teóricos decoloniais revelam como raça, classe, gênero e colonialidade moldam experiências plurais do envelhecer, especialmente no Sul Global. O texto explora tensões e convergências entre essas abordagens, destacando a velhice como fenômeno biopolítico, marcado por injustiças epistêmicas e a colonialidade do ser. Conclui-se com um chamado à ética do cuidado e à desobediência ontológica, reivindicando o envelhecimento como espaço de resistência e memória.
Data de submissão:
May 28, 2025 at 10:26:17 PM
Data de publicação: