As transformações digitais, sociais e culturais redefiniram a forma como as empresas atraem e gerenciam seus talentos. O avanço da inteligência artificial, a popularização do trabalho híbrido, a valorização da diversidade e as novas expectativas das gerações mais jovens tornaram os métodos de recrutamento tradicionais obsoletos. Nesse cenário, a Seleção por Competências se destaca como uma abordagem estratégica. Ela vai além da experiência técnica, focando em fatores comportamentais e no alinhamento cultural entre o profissional e a empresa. Este texto explora a evolução dessa metodologia, mostrando como ela acompanhou a transição da gestão de pessoas de um papel meramente operacional para uma função estratégica, centrada na experiência do colaborador e na inovação. Discutiremos os princípios dessa metodologia, seus impactos nas organizações e sua relevância no mundo de hoje, onde habilidades como adaptabilidade, inteligência emocional, comunicação eficaz e autogestão são cruciais. Também analisaremos os desafios impostos pelo uso crescente de tecnologias digitais e IA nos processos seletivos e a necessidade de adaptação às demandas do trabalho remoto e híbrido. Concluímos que a Seleção por Competências continua sendo uma prática essencial, desde que se mantenha em constante evolução, integrando tecnologia, o conceito de "design da experiência" e a avaliação de competências socioemocionais. Essa abordagem humanizada é a chave para atrair e reter profissionais capazes de gerar resultados sustentáveis em um ambiente em constante mudança.