Este artigo tem como propósito analisar a resistência dos policiais militares em buscar atendimento psicológico, destacando os impactos dessa postura para a saúde mental e para a qualidade do serviço prestado à sociedade. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, consubstanciada em ampla revisão explicativa bibliográfica, fundamentada em legislações, artigos científicos, relatórios oficiais e estudos sobre saúde mental no contexto da segurança pública, bem como nas contribuições de autores como Lipp, Minayo e Vieira. O objetivo central é compreender de que maneira fatores institucionais, culturais e psicológicos influenciam a relutância dos policiais em procurar auxílio especializado, mesmo diante de sintomas de adoecimento emocional. Apresenta-se o conceito de estresse ocupacional, síndrome de burnout e resistência psicológica, contextualizando-os dentro da rotina policial marcada por riscos, pressões e sobrecarga de trabalho. A questão norteadora do estudo é: de que forma a cultura institucional e as condições laborais contribuem para a resistência do policial militar em buscar atendimento psicológico? Para responder a essa indagação, a pesquisa demonstra que o enfrentamento desse desafio exige ações voltadas à valorização profissional, ao acolhimento emocional e à implementação de políticas públicas permanentes de saúde mental. Conclui-se que o cuidado psicológico contínuo fortalece o equilíbrio emocional, aprimora o desempenho profissional e reafirma a importância da humanização nas corporações policiais.