A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PROMOVE A (DES)IGUALDADE DE GÊNERO?
Trabalho em Anais
Edwirges Elaine Rodrigues
DOI: 10.46898/home.
1e10da1c-f3c0-46e7-873e-196e28416a98
Apresentação
RESUMO: Este artigo analisa a relação entre Inteligência Artificial (IA) e desigualdade de gênero, partindo da compreensão de que a tecnologia não é neutra e pode reproduzir hierarquias sociais históricas. O estudo busca identificar em que medida a IA pode atuar como promotora de igualdade ou, ao contrário, reforçar mecanismos de exclusão. Para tanto, examina-se a participação das mulheres na criação de sistemas, os estereótipos de gênero presentes em assistentes virtuais e os casos de discriminação em processos de recrutamento mediados por algoritmos. A pesquisa utiliza o método dedutivo, com abordagem qualitativa, fundamentada em análise bibliográfica e documental de relatórios internacionais, reportagens jornalísticas e literatura especializada. Os resultados evidenciam que a baixa representatividade feminina no desenvolvimento de sistemas amplia o risco de vieses, que assistentes virtuais frequentemente reforçam papéis sociais subordinados e que algoritmos de contratação podem reproduzir discriminações históricas. Conclui-se que a IA, sem mecanismos de correção, tende a acentuar desigualdades, mas, se orientada por práticas de diversidade, auditoria e governança ética, pode tornar-se instrumento de inclusão e promoção da igualdade de gênero.
Palavras-chave: Inteligência Artificial. Desigualdade de gênero. Vieses algorítmicos. Interseccionalidade. Direitos fundamentais.
Data de submissão:
September 17, 2025 at 3:35:54 PM
Data de publicação:
October 1, 2025 at 11:00:00 AM