O presente artigo analisa o papel da Polícia Militar na prevenção e no combate ao crime organizado no Brasil, com ênfase na atuação estratégica da Polícia Militar do Estado do Paraná. Considerando o avanço das facções criminosas nas comunidades urbanas e periféricas, argumenta-se que o enfrentamento ao crime organizado requer uma abordagem multifacetada, envolvendo ações ostensivas, operações especiais e, principalmente, o trabalho de inteligência policial. A interação entre a Polícia Militar e o Sistema de Justiça é essencial para garantir maior eficácia nas operações, acelerando processos e evitando brechas legais.
A pesquisa explora as principais características das organizações criminosas brasileiras, a estrutura de enfrentamento da PM, os desafios operacionais e a importância da atuação coordenada entre as forças de segurança e a sociedade civil. O impacto social e psicológico das operações da Polícia Militar também é discutido, destacando as consequências para a saúde mental dos policiais e das comunidades afetadas, como estresse pós-traumático, ansiedade e insegurança social. O estudo propõe o fortalecimento do serviço de inteligência como ferramenta fundamental para a eficácia no combate ao crime organizado, além de sugerir maior capacitação psicológica para os policiais e apoio psicossocial para as comunidades.
Conclui-se que, apesar das limitações operacionais e institucionais, a Polícia Militar desempenha um papel essencial na manutenção da ordem pública e na contenção do crime organizado, sendo fundamental o apoio por meio de políticas públicas integradas, investimentos em capacitação, suporte tecnológico e assistência psicológica.
Palavras-chave: Polícia Militar; Crime Organizado; Segurança Pública; Inteligência Policial; Prevenção Criminal, Sistema de Justiça, Impactos Sociais Psicológicos, Polícia Militar do Paraná.