A mucosite oral (MO) é uma das complicações mais debilitantes das terapias antineoplásicas, caracterizada por inflamação, dor e ulcerações que comprometem a terapia oncológica e colocam em risco a sobrevida do paciente Apesar do uso de medidas convencionais, como higiene bucal intensificada, soluções salinas ou bicarbonatadas, analgésicos, crioterapia e agentes protetores, sua eficácia é limitada, evidenciando a necessidade de abordagens mais eficientes. Nesse contexto, a nanotecnologia desponta como alternativa promissora ao permitir maior direcionamento, retenção mucosa e liberação controlada de fármacos. Este capítulo revisa a literatura sobre aplicações nanotecnológicas na prevenção e tratamento da MO induzida por terapias antineoplásicas, com busca nas bases PubMed, SciELO, LILACS e Google Scholar. Os estudos destacam nanopartículas metálicas, poliméricas e lipídicas com efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e regenerativos superiores às terapias convencionais, proporcionando redução de citocinas pró-inflamatórias, melhora da biodisponibilidade local e aceleração da cicatrização. Entretanto, a tradução clínica ainda é limitada pela variabilidade metodológica, escassez de ensaios robustos e demandas regulatórias. Assim, embora o potencial terapêutico seja evidente, a consolidação do uso de nanotecnologias no manejo da mucosite oral depende de estudos clínicos mais consistentes.

Palavras-chaves: Mucosite oral. Nanotecnologia. Oncologia