RESUMO

Nas últimas décadas, no Brasil, as Instituições de Educação Superior (IES) passaram a reconhecer diferentes contextos de atuação docente e a tentar contribuir com esses espaços em termos de melhorias na formação de educadores. Por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão, e/ou coordenados pelas IES, ampliam-se a (re)construção de conhecimentos teórico-práticos em diversas áreas do saber, cursos de formação docente. O Pensamento Complexo, que se caracteriza pela rearticulação de espaços, tempos e metodologias, mostra-se, assim, como um paradigma emergente envolvendo as necessárias (re)configurações das universidades e da formação docente. Objetivou-se com o presente trabalho refletir sobre a formação de professores com base na Complexidade na educação superior. Trata-se, pois, de um trabalho de natureza qualitativa, de caráter teórico-argumentativo. Delineamos o problema: que novos campos possíveis emergem da potencialização de experiências e ações perpassadas pelo Pensamento Complexo no ensino superior? Um pensar complexo, que contemple o conhecer e o produzir em sociedade é inerente ao educador aprender a conviver com informações, “telas complexas” que propõem uma cultura de rede, rizomática, de múltiplas possibilidades de interlocuções. Portanto, para se conseguir a emergência de campos transdisciplinares, autopoiéticos e não-lineares na formação docente nas IES, concluímos que há a necessidade de percebermos que: (1) chegamos a uma situação insatisfatória nessa formação docente clássica, e, por conseguinte, insustentável; e (2) é urgente tanto a radicalização das políticas e estruturas postas quanto a criação de novas ações coletivas que permitam trazer à tona tessituras complexas referentes à formação de educadores e ao trabalho docente.

Palavras-Chave: Complexidade. Universidades. Formação docente