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"A cor da minha pele não te diz quem sou": a importância do contemporâneo na narrativa do especial “Falas negras”

Trabalho em Anais

AURORA ALMEIDA DE MIRANDA LEÃO

DOI: 10.46898/home.

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Sinopse

O especial “Falas negras”, produzido e exibido pela TV Globo em 2020, é o tema deste artigo. Trata-se de docudrama criado para homenagear o Dia da Consciência Negra. A obra hibridiza elementos da ficção e do documentário, apostando em formato ousado para a televisão aberta, no qual diálogos estão ausentes mas emerge a subjetividade (MORAES, 2022) e impera uma força discursiva ancestral. Parte-se da pergunta “Como a construção narrativa ilumina o passado, dialoga com o contemporâneo (AGAMBEN, 2009) e contribui para provocar reflexão?”, objetivando apontar estratégias que desvelam dimensões temporais, favorecendo a percepção da estrutura colonial como esteio do racismo. A hipótese estima que a produção articula dados históricos e atualidade com extrema competência para denunciar a estrutura racista vigente no país, e alcança seu propósito ao prospectar reflexões sobre a aviltante condição de permanência do preconceito étnico na sociedade. Para tanto, opta-se por alguns passos da metodologia de Luiz Gonzaga Motta (2013), influenciada por estudos do campo da construção do roteiro audiovisual. Conclui-se ser a produção televisual uma bela contribuição à luta antirracista, homenageando a negritude com originalidade, pertinácia e claro viés reparador, a partir de opção criativa que assinala prolífico imbricamento entre a televisão, o jornalismo e o cinema documentário.

Data de publicação:

14 de março de 2023 18:23:20

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