Este artigo analisa a evolução das políticas de saúde pública no Brasil,desde
é
as origens coloniais até a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS)em 1988.
Inicialmente, o conceito de saúde estava associado à ausência de doenças e
influenciado por práticas culturais e religiosas,como as dos indígenas e africanos.
No período colonial,as Santas Casas de Misericórdia foram fundamentais para a
assistência à população carente.O século XIX marcou a introdução da medicina
europeia e a criação dos primeiros cursos de Medicina,enquanto o movimento
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Vargas, a saúde assumiu um caráter previdenciário,e o regime militar (1964-1985)
aprofundou desigualdades ao priorizar o setor privado. A redemocratização
culminou na criacão do SUS, baseado nos princípios de universalidade,
integralidade e equidade,inspirado pela Conferência de Alma-Ata (1978).O SUS
enfrentou desafios como subfinanciamento, resistência do setor privado e
desigualdades regionais, mas se consolidou como um dos maiores sistemas
públicos de saúde do mundo. O artigo também aborda temas contemporâneos,
como o combate a arboviroses, a saúde mental e a atenção à população
LGBTQIAPN+e indígenas,destacando a necessidade de políticas interseccionais
A pandemia de COVID-19 evidenciou tanto a resiliência do SUS quanto suas
fragilidades, reforçando a urgência de investimentos e integração intersetorial
Conclui-se que, apesar dos avanços,o SUS ainda enfrenta desafios estruturais
para garantir saúde como direito universal, exigindo compromisso coletivo com
equidade e gestão participativa.
Palavras-chave: SUS;Auditoria em Saúde;História; Saúde Pública
INTRODUÇÃO
DO CONCEITO DE SAÚDE ATÉ A CRIAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA
A conceitualização do termo "saúde" é um trabalho dinâmico (SCLIAR,
2007;SILVA; FERREIRA, 2013). Por muito tempo se entendeu este conceito
como a ausência de doença. Os hebreus,por exemplo,traziam a patologia como
um sinal da cólera divina, dia