A LEGÍTIMA DEFESA NA ATIVIDADE POLICIAL: LIMITES JURÍDICOS E PROTEÇÃO AO AGENTE PÚBLICO
Estudos em Ciências Jurídicas
Rinaldo Alberto De Sene Miguel
DOI: 10.46898/home.
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Resumo
Este artigo investiga os limites jurídicos da legítima defesa na atividade policial, a partir da perspectiva constitucional e legal do ordenamento brasileiro. O estudo se propõe a mapear os critérios objetivos e subjetivos para a configuração da legítima defesa no exercício da função policial, especialmente após as alterações promovidas pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime). A metodologia adotada é a análise documental da legislação aplicável, incluindo a Constituição Federal de 1988, o Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940), o Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689/1941), a Portaria Interministerial nº 4.226/2010, o Decreto nº 12.341/2024, a Portaria MJSP nº 648/2024 e a Portaria do Ministro nº 855/2025. São examinadas as distinções entre legítima defesa e o estrito cumprimento do dever legal, os princípios que regem o uso da força (legalidade, necessidade, proporcionalidade), os desdobramentos do excesso (doloso ou culposo) e os desafios enfrentados pelos agentes públicos. Argumenta-se que a legítima defesa no contexto policial é um campo de aplicação normativa complexa, cuja interpretação exige constante atualização e controle. Conclui-se que o principal desafio jurídico reside na construção de critérios que garantam a responsabilização proporcional do agente, sem comprometer sua proteção legal nem os direitos fundamentais do cidadão, conforme delineado pela lei.
Palavras-chave: Atividade policial. Direitos fundamentais. Legítima defesa. Responsabilidade penal. Uso da força.
Data de submissão:
8 de outubro de 2025 às 17:53:06
Data de publicação:
21 de outubro de 2025 às 14:30:00

