ESCOLA SEM PARTIDO E O IDEAL NEOLIBERAL: A ESCOLA SOB ATAQUE
Estudos em Ciências da Educação
Edí Carlos Rebouças de Oliveira
Maria José Nunes Nepomuceno
DOI: 10.46898/home.
951d89b5-1f19-43c9-b179-77319a259c53
Resumo
Com a Crise Estrutural do Capital - 1970, o sistema buscou estratégias para adiar seu colapso. As ideias Neoliberais ganham força neste período de tal modo que hoje, para além de uma teoria econômica, é uma realidade totalizante que tem a escola como instrumento para atender seus interesses e do Capital. Já o movimento “Escola sem Partido” - 2004 ganhou maior repercussão em 2014, surge defendendo a neutralidade política e ideológica em sala de aula, a liberdade de crença, o pluralismo de ideias e o direito dos pais em definir a educação dos filhos. O presente estudo tem como objetivo analisar como o ideal neoliberal e o movimento Escola Sem Partido impactam a função crítica e emancipatória da escola no Brasil, reproduzindo desigualdades sociais e reforçando a manutenção da ordem social vigente. Quanto à metodologia, este é um estudo bibliográfico de abordagem qualitativa sustentada pelo método materialista histórico – dialético. A análise demonstra que o avanço do neoliberalismo molda profundamente a estrutura e os objetivos da escola pública, transformando-a em instrumento de reprodução do capital e em espaço de legitimação da ideologia dominante. Constatou-se, ainda, que o movimento Escola Sem Partido, sob o discurso de neutralidade e defesa da liberdade, atua no sentido de esvaziar o caráter crítico da educação, limitando a formação dos estudantes às necessidades do mercado. Nesse cenário, reafirma-se a urgência de fortalecer a resistência a tais ataques, defendendo a escola pública como espaço de emancipação, formação crítica, liberdade e transformação social.
Palavras-chave: Capitalismo. Escola. Escola sem partido. Ideologia dominante. Neoliberalismo.
Data de submissão:
8 de setembro de 2025 às 14:23:13
Data de publicação:
20 de setembro de 2025 às 21:00:00

