HIPERATIVIDADE DETRUSORA NO PACIENTE COM HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
Estudos em Ciências Médicas
Wagner Henrique Daibert Bretones
Rubens Sacchettin Marçal Rigo
DOI: 10.46898/home.
9f6e99d6-3175-4d06-abf4-6fca2d873553
Resumo
Os sintomas do trato urinário inferior (STUI) apresentam elevada prevalência em indivíduos acima dos 40 anos e estão associados a impacto substancial sobre a qualidade de vida, o desempenho social e a produtividade. Classificam-se em sintomas de armazenamento (urgência, noctúria, aumento da frequência e incontinência), de esvaziamento (jato fraco, hesitação, intermitência e esforço miccional) e pós-miccionais (gotejamento e sensação de esvaziamento incompleto). A HPB caracteriza-se pelo crescimento da zona de transição prostática mediado por di-hidrotestosterona, contribuindo inicialmente para sintomas de armazenamento e, em fases mais avançadas, para obstrução infravesical e alterações estruturais do detrusor. Embora classicamente relacionados à hiperplasia prostática benigna (HPB), os STUI também podem decorrer de infecções, litíase, alterações neurológicas e de hiperatividade detrusora, definida por contrações involuntárias do músculo detrusor durante a fase de enchimento vesical, podendo manifestar-se nas formas fásica, terminal ou associada à incontinência. A investigação clínica inclui aplicação do IPSS, diário miccional, exame físico e métodos complementares, sendo o estudo urodinâmico o padrão para distinção entre obstrução e disfunção contrátil. O manejo terapêutico compreende intervenções comportamentais, farmacoterapia com alfa-bloqueadores ou inibidores da 5-alfa-redutase e, nos casos refratários ou complicados, tratamento cirúrgico.
Data de submissão:
November 19, 2025 at 1:14:00 PM
Data de publicação:
November 24, 2025 at 4:00:00 PM

