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Do quilombo à escola: educação escolar quilombola a partir das significações da ancestralidade como proposta pedagógica antirracista na comunidade de Lagoa Grande-BA.

Trabalho em Anais

Mateus Soares Silva

DOI: 10.46898/home.

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Apresentação

O presente texto nasce das inquietações do meu percurso profissional em uma escola municipal quilombola de Feira de Santana/BA e busca refletir sobre os processos de negação e afirmação identitária na comunidade de Lagoa Grande. Nela, ainda se reproduzem lógicas coloniais que legitimam silenciamentos e apagamentos históricos, produzindo um imaginário estereotipado acerca do ser quilombola, muitas vezes negado pelos próprios moradores. Nesse cenário, emergem questões centrais: como construir uma Educação Escolar Quilombola que rompa com a invisibilidade e reconheça os sujeitos como protagonistas de sua história? Como elaborar um currículo antirracista que valorize as relações étnico-raciais e resgate vozes historicamente subalternizadas? Metodologicamente, a pesquisa assume caráter qualitativo, fundamentada na História Oral e nas vivências comunitárias, objetivando criar um inventário cultural que traduza o corpo-território e a ancestralidade como dimensões da educação. Tal inventário pode subsidiar políticas de atualização do PPP, formação docente, produção de materiais pedagógicos contextualizados, valorização da cultura alimentar e fortalecimento da infraestrutura escolar quilombola. A fundamentação teórica apoia-se em autores como Foucault, Nóvoa, Tardif, Arroyo, Williams, Cruz, Mignolo, Miranda e Ribeiro, reafirmando a necessidade de um currículo decolonial que reconheça os saberes locais, desestabilize perspectivas eurocêntricas e reafirme a ancestralidade como prática social e fundamento da vivência histórico-cultural da comunidade de Lagoa Grande.

Data de submissão:

15 de septiembre de 2025, 18:10:02

Data de publicação:

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