Este artigo tem como objetivo analisar a atuação da Polícia Militar no acolhimento de vítimas de violência doméstica, destacando protocolos, desafios e boas práticas adotadas para a proteção integral das vítimas. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa e descritiva, baseada em revisão bibliográfica, análise documental e estudo de protocolos institucionais, conforme os pressupostos de Gil (2017) e Minayo (2014). A análise de conteúdo, segundo Bardin (2016), permitiu organizar e interpretar informações de artigos científicos, legislação vigente, relatórios oficiais e estudos de caso, respeitando o sigilo das vítimas. Os resultados indicam que a maior parte das ocorrências envolve violência física, seguida de violência psicológica e patrimonial, evidenciando a necessidade de abordagens integradas e humanizadas. A aplicação de medidas protetivas, articulação com serviços de saúde e assistência social, e adoção de protocolos padronizados mostram-se eficazes na redução de riscos imediatos e na prevenção de reincidências. Entretanto, lacunas significativas foram identificadas em relação à formação continuada dos policiais, sensibilidade no atendimento, recursos disponíveis e integração interinstitucional, comprometendo a efetividade das ações.
Conclui-se que a atuação policial na violência doméstica deve ir além da aplicação formal da lei, incorporando abordagem empática, acompanhamento contínuo e articulação com a rede de proteção, garantindo maior segurança e suporte às vítimas. O estudo contribui para o aprimoramento das políticas públicas, fornecendo subsídios para treinamento policial, desenvolvimento de boas práticas e pesquisas futuras.
Palavras-chave: Violência doméstica; Polícia militar; Acolhimento da vítima; Proteção social.