O estudo aborda a vulnerabilidade de crianças e adolescentes diante do uso excessivo de aparelhos eletrônicos, especialmente smartphones e redes sociais. Destaca que os riscos não se limitam ao “tempo de tela”, mas envolvem fatores individuais (idade, autoestima), familiares (supervisão, clima afetivo) e sistêmicos (design persuasivo das plataformas e ausência de regulação). Entre os principais problemas estão cyberbullying, sexualização precoce, dependência digital, distúrbios de sono, sedentarismo e impactos na saúde mental, com dados nacionais revelando índices preocupantes de vitimização on-line e isolamento social.
O texto evidencia lacunas na atuação preventiva da Polícia, que ainda privilegia ações repressivas e emergenciais, em detrimento da educação e mediação. Experiências pontuais, como plantões escolares e palestras comunitárias sobre segurança digital, demonstram potencial, mas carecem de padronização e alcance nacional.
Como propostas, defendem-se palestras educativas, plantões de diagnóstico de vulnerabilidades, canais de denúncia acessíveis e integração entre polícia, escolas, famílias e órgãos de proteção. Tais medidas devem ser contínuas, planejadas e avaliadas, garantindo proteção integral e promoção de hábitos saudáveis. Conclui-se que enfrentar a vulnerabilidade digital exige políticas públicas intersetoriais, literacia midiática, regulamentação de plataformas e fortalecimento do papel preventivo da Polícia na proteção infantojuvenil.