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DA ORALIDADE À ESCRITA: PRÁTICAS FONÉTICO-FONOLÓGICAS NO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA

Trabalho em Anais

Suziane de Oliveira Porto Silva

DOI: 10.46898/home.

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Apresentação

Este artigo discute o papel estruturante da fonética e da fonologia no ensino de Língua Portuguesa, propondo uma virada do enfoque normativo-prescritivo para uma abordagem analítica e explicativa ancorada na língua em uso. Argumenta-se que a distinção entre fonética (dimensão articulatória, acústica e perceptiva dos sons) e fonologia (organização abstrata do sistema sonoro) é condição para compreender a relação entre oralidade e escrita e para transformar “erros” recorrentes em evidências de regularidades do sistema. Com base em referenciais clássicos e contemporâneos, o texto descreve processos típicos do português brasileiro — como palatalização de /t, d/ diante de /i/, nasalização vocálica, variação do /r/ e do /s/ em coda, redução vocálica, ditongação/monotongação, epêntese e elisão — e mostra sua relevância para a alfabetização, a ortografia e a leitura em voz alta. À luz dos PCN e da BNCC, defende-se a integração do componente fonético-fonológico ao eixo de análise linguística/semiótica, com vistas a desenvolver consciência fonológica, ampliar a competência comunicativa e combater o preconceito linguístico. Por fim, evidencia-se a articulação entre ensino, pesquisa e extensão: formação docente continuada, projetos de registro e valorização de falares regionais, materiais didáticos e investigações experimentais e sociolinguísticas. Conclui-se que ensinar fonética e fonologia é ensinar a ouvir e a refletir criticamente, articulando som, grafia, sentido e contexto.

Data de submissão:

14 de outubro de 2025 às 21:28:01

Data de publicação:

16 de outubro de 2025 às 12:45:00

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