A presença do acompanhante durante o parto é assegurada pela Lei nº 11.108/2005 e constitui prática fundamental para a humanização da assistência. Este relato descreve a experiência vivenciada em uma maternidade pública da Bahia em 2023, com o objetivo de analisar os efeitos da presença do acompanhante no pré-parto, parto e puerpério imediato. Trata-se de estudo qualitativo e descritivo, baseado em observações sistematizadas, registros em diário de campo e diálogos informais com puérperas, acompanhantes e profissionais. Os achados evidenciaram que o acompanhante contribuiu para redução da ansiedade, estímulo ao protagonismo da mulher, uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor, segurança emocional e fortalecimento do vínculo mãe-bebê. Profissionais destacaram a colaboração em cuidados simples e apoio à comunicação. Entre os desafios, destacaram-se limitações estruturais, ausência de protocolos padronizados e resistências da equipe. Conclui-se que a presença do acompanhante representa estratégia essencial para a humanização do parto, devendo ser fortalecida por meio de adequações estruturais, capacitação das equipes e orientações claras, de modo a consolidar sua atuação como parceiro ativo no cuidado.